31 de janeiro de 2005
Estar preso é o contrário de não estar... preso.
Acho isto triste. Relembro com saudade os bons velhos tempos, quando estar preso era sinónimo de pernoitar assustado contra um canto do beliche, de vidro na mão (sim, porque lá dentro não há facas), com medo das milhentas ratazanas prontas a atacar ao mínimo sinal de queda das pálpebras.
30 de janeiro de 2005
Vou ou fi(s)co?
Por outro lado, rodeio está definido como "perífrase, subterfúgio". Esta última, como todos sabem, significa "evasiva". Enquanto lia isto não pude deixar de pensar como é que nunca ouvi alguém falar em "Torcicolo fiscal"...
Finalmente, um pensamento para quem tem o hábito de trocar "torcicolo" por "torcicólogo". Meus amigos: Torcicólogo é o tipo que trata das evasões fiscais!
29 de janeiro de 2005
Já estive
* (Uma boa asneira costuma ter piada. A referência ao orgão sexual masculino não denota que o autor tenha qualquer tipo de conversação com o mesmo até porque, como todos sabem, o pénis é esquizofrénico e só fala sozinho)
28 de janeiro de 2005
Manias
Ainda numa de leituras de dicionário (já vou na letra C, mas passei pela M e pela F) dei de caras com a palavra "Maníaco" que, segundo essa bíblia do Português, significa "que tem a mania". Então os maníaco-depressivos são o quê? Pessoas que têm a mania que estão deprimidas? Mas agora reparem nisto: "Mania" significa Excentricidade ou Esquisitice. Então maníaco-depressivo é aquele que sofre de uma esquisitice que o leva a pensar estar deprimido? Isto é muito complexo para mim.
São Pedro (un)plugged!
Quando eu era mais novo não ligava muito a isso, mas há coisa de dias, já depois da minha tranformação para JQ'ólogo*, não pude deixar de sorrir ao ouvir isto e pensar "será que o que este dinossauro partia não eram as bilhas?". Escrevi um pequeno texto dramático, para se perceber a lógica da coisa e reflectir (flectir, primeiro).
(Aviso prévio aos eventuais realizadores pornográficos: se eu vir algum filme com este texto ponho-vos um processo em cima... um pesado, que vos faça mal às costas!)
Menina Qualquer: O que é isso, meu senhor?
S. Pedro: Ora, minha menina, o que temos aqui é uma ditadura e um molho de chaves... isto é tudo meu, e já agora chega aqui, que eu acho que tenho a chave para essa cântara magnificente que aí tens.
MQ: Mas senhor, com essa chave tão grande ainda me parte a cântara, e sem ela não posso levar a água para casa.
SP: Áh.. eu disse cântara? Queria dizer bilha, vou partir-te a bilha!
*JQ'ólogo: estúpido que não tem outra ocupação nem adjectivação possível senão essa mesma.
27 de janeiro de 2005
O alívio
Deus devia crescer
A pessoas costumam dizer que se não rezarmos a Deus já não vamos para o céu, e que se não nos portarmos bem Deus não nos ouve e ainda Deus destruiu o mundo com um dilúvio porque estava cheio de pecadores (queria atenção por assim dizer) (parece que andamos a pecar outra vez que ele tentou mandar agora outro dilúvio na ásia mas devia estar com a canalização entupida que aquilo foi e veio) . Pois bem, isto é muito interessante, contudo vamos agora ver uma criança, as crianças costumam fazer jogos do género de chorar para obter alguma coisa, ou ainda quem não ouviu se te calares dou-te um chupa...
Enfim, por analogia podemos concluir que Deus se comporta como uma criança em algumas situações... PORRA se o gajo existir já tem uns milhões de anos, já devia ser crescidinho e deixar-se de merdas, ele que aprenda a aceitar que algumas pessoas podem não gostar dele.
Dão-nos música?
Já agora aproveito para dizer que "A igreja Emanuel é na rua da Aldeia Velha, 27 A, Montijo". Esta não sabiam vocês.
26 de janeiro de 2005
O pacto...
Pois é... tínhamos dito que era suposto criarmos uma entrada por dia, no blog, e falhámos. Mas não se preocupem que já nos auto-flagelámos o suficiente com os exames que temos feito (sim, porque alguma desta malta QUER ter um curso superior, embora outra desta malta se pergunte porquê, provavelmente com razão).
Com isto em mente decidi aproveitar esta mini-pausa para desabafar uns conceitos que têm sido discutidos em certas viagens de AX para Setúbal.
O primeiro conceito prende-se com uma música, supostamente para crianças, que tem de tudo menos pedagogia. É aquela do "n sei q, o touro é bravo pica na vaca, a vaca é preta mija pela greta...". Eu podia continuar, mas acho que o que interessa está à vista. Para além das crianças hoje em dia já não crescerem como deve ser (leia-se a descrição deste blog), ainda se ensina violência doméstica e sexo nas canções de embalar. Onde é que isto vai parar? E que greta é essa por onde a vaca mija?
Outra idéia interessante é algo que me foi chamado à atenção por um colega (colega esse que, embora faça parte do blog, está reticente em escrever seja o q for). Não digo nomes (*cogh* hobbes *cogh*), mas o que é facto é que me despertou a atenção para o facto da palavra "fod@-se" ser, na realidade, de uma delicadeza extrema. Reparem que poderíamos dizer simplesmente "fod€-te", mas não. É uma ofensa sim, mas com "por favor".
Finalmente, apercebi-me que, não só existem países onde as matrículas dos carros são mais pequenas que as nossas, como existem países onde os carros não têm matrícula à frente. Depois de pensar um bocado, cheguei à conclusão porquê. Repare-se que, geralmente, são países onde se conduz com prudência e o nível de acidentes é relativamente baixo. Cá em Portugal deviam obrigar a colocar matrículas ao longo de todo o carro, para que a polícia pudesse melhor ver as asneiras que andam para aí. Outra sugestão, e esta diz respeito aos atropelamentos e fuga, seria a criação da chapa dos carros com milhares de pequenas matrículas em relevo no metal, de modo a que quando um transeunte fosse atropelado, na pior das hipóteses, dava para identificar o carro que atropelou pelas marcas na testa.
24 de janeiro de 2005
Incoerências
Aproveito esta falha semântica para perguntar (a alguém que, eventualmente e num futuro muito longínquo, leia este post (ou mesmo "poste", como já vi noutros blogs)) se existe alguém que me consiga explicar algumas palavras que tenho para aqui a afligir-me há já uma data de tempo.
Mas afinal, o que significa "pandeireta"? Significa que existe "pandeira" e que "pandeireta" é assim a mesma coisa, mas em formato mais pequeno? E a palavra panóplia vem de onde? E pneu? E uma que me faz uma grande confusão: "camião". Não devia ser "carrão"? (E já agora "carrinha" é o quê? Carro para mulheres?). No meio disto tudo "caixote", que supostamente existe para denominar uma caixa maior, não devia chamar-se "caixão"?
Mas, duma incoerência extrema é a palavra "aviãozinho". Vamos lá ver... ou é "ão" ou é "zinho", não pode ser as duas coisas! Ou é grande ou é pequeno, decidam-se! Temos ainda sadomasoquismo (que eu suponho que seja a maneira de referenciar certas actividades praticadas no rio Sado) e ainda uma palavra pela qual tenho um certo apreço, que é a palavra "c@galhão". Alguém me explica qual é a forma normal desta palavra? "cagalho", será?
Moral da história: Se todas as gramáticas são ambíguas e incoerentes, como pode o mundo ser coerente? Meditem, mas não muito...
PS: Este blog mantém a coerência: "Seja quem for, não conhece este blog."
PS2: "poste" ... meu Deus!
23 de janeiro de 2005
Estupidez antiga...
Quantas e quantas vezes não está um gajo a rir-se de tal maneira que parece que, mais 2 segundos naquilo, a cabeça rebenta e os pulmões saem por qualquer orifício que reste depois disso, e alguém diz "respira fundo"? Mas afinal, o que raio quer dizer respirar fundo? Eu acho que, literalmente, quem respira fundo são os mortos. E agora dizes tu: "pois pá, mas os mortos não respiram". Sou obrigado a concordar (embora conheça algumas histórias que podem contradizê-lo), chegando então à conclusão que o único animal que respira fundo é a toupeira (ou mesmo a avestruz, se acreditarmos em certos mitos rurais).
E agora deixo-vos com um pensamento interessante, para que meditem e se sintam bem convosco mesmos: A Internet é uma grande prostituta. Quem é que não "vai à net" nos dias que correm?
22 de janeiro de 2005
Matemática no cárcere: PI*(2000000)^2
Gostava aind... não, assim não, pera. GOSTO ainda de enunciar uma diferença interessante entre estar preso (o chamado cárcere) e não estar, é que entras a c@gar fininho e a piar grosso. Basicamente, vais dentro e... "vão-te dentro" (salvo seja). Não que eu saiba algo do assunto.
21 de janeiro de 2005
Problemas
Agora coisas mais sérias: Tenho uma teoria porque é que não tem caído água dos céus, ultimamente. Conhecem aquele provérbio "Chuva de Janeiro, cada gota vale dinheiro"? Pois... é a crise.
Para terminar, e porque isto até tem piada pôr imagens nos blogs, aqui fica uma que simbolicamente representa o problema de língua que afecta mais e mais portugueses, a cada minuto.
20 de janeiro de 2005
Um boa maneira de não nos reconhecerem...
Bem, se nós quisermos que uma pessoa que vai a passar (num determinado local e a uma determinada hora) por um sitio onde nós tambem estamos (a fazer determinadas coisas que não importam referir e que podem envolver propriedade de algum determinado professor...), como é óbvio não vamos querer ser reconhecidos mais tarde. Uma boa maneira de evitar isso é fazer caras esquisitas e embaraçosas.
Eu passo a explicar, o ser humano tenta ignorar quando alguém está a fazer figuras tristes em público (pelo menos a maior parte dos seres humanos), é uma coisa social sei lá, e se fizermos figuras tristes a pessoa vai tentar não olhar muito, o que aumenta a probabilidade de não nos reconhecer posteriormente. Outro facto que também importa referir é que mesmo que se lembrem de nós vão ter em mente as caras esquisitas que fizemos o que vai dificultar a identificação...
E pronto, aqui está uma das minha técnicas ninja.
Ah, os pássaros, o ar fresco, o... EPÁ OUTRA VEZ?!?
Eu há coisas que me fascinam de uma forma inexplicável, e uma delas é a acção de "aliviar-se no mato". E não estou a falar de líquidos! Vai um gajo muito bem a andar (ou a pedalar) mato fora e bang!, lá está um presente mesmo escarrapachado à nossa frente. Está um tipo sujeito a pisar, ou mesmo escorregar numa pinha 2 ou 3 metros atrás e dar de cabeça em cima de, uma obra daquela categoria só porque alguém se lembrou de deixar aquilo assim, a descoberto, na esperança de solidificar e ser reconhecido mais tarde como património mundial. É isso ou então deve ser uma tentativa de marcar o território: "Hehe, esta mata é minha! Olhem-me só para esta obra magnífica. E não foi um cão, fui eu!"
Deixo então aqui um apelo:
Senhor que deixa presentes na mata: A época natalícia já passou, e mesmo que não tivesse passado, você não é o pai natal! Viu alguma meia pendurada no meio da mata ou quê?
Sugestão Literária
Bom, penso que quanto à sugestão literária, não preciso de dizer o que quer que seja, até porque não sei mesmo o que dizer. Aliás a imagem apareceu aqui nem sei como... alguém sabe tirar isto? É um virus? e agora vai-se propagar para os blogs de todos os meus amigos? Raios! Devia mesmo ter re-enviado aquele mail da corrente de paz e amor entre os judeus cristãos e uma certa raça de cabras montanhesas das planícies do Irão para cinquenta pessoas...
Algo me inquietou quando cheguei a casa à meia-noite. Além da porta do meu quarto estar entreaberta, estava uma folha A4 em cima do meu teclado em cuja superfífie se podia, e pode ler o seguinte:
Bruno,
Não Deixes Cabelos
Na Banheira, Por Favor.
Beijos
Mãe
Óh mãe, quer dizer... (nem falando do facto de me escreveres um bilhete com isto, encontrando-te aqui em casa) Só porque sou quem tem o cabelo mais comprido por aqui, eu é que deixei os cabelos lá, eu que não tomo banho há dois meses?
Para não falar do facto de as mulheres usarem o cabelo curto... será por isso? Para poupar o trabalho de tirar cabelos da banheira? Mas fico por aqui, a questão do cabelo (que foi feito pra crescer e protejer a cabeça) é algo demasiado sério pra ser aqui exposta num blog estúpido como este. Enfim... Quisto ajuda-me!
19 de janeiro de 2005
Um dia de exame
Em primeiro lugar, dois conceitos que dão que pensar: Reter e Derreter. Ora o primeiro está mesmo a dizer o que é; Reter = Meter no recto. E se reter é meter no recto, derreter é tirar do recto. Isto leva a uma nova expressão para idas a WCs: "Vou ali derreter um bocado!".
Estupidez à parte e, no fundo, uma ideia bem mais prática para as grandes superficies comerciais seria a implementação de dispositivos de ultra-sons nos carrinhos de supermercado, com o intuito de fomentar o consumismo nas nossas pessoas. Seria uma grande ideia, não fosse o facto de, provavelmente, eles já terem posto este esquema em acção (basta olhar para as caras de quem "conduz" um carrinho de supermercado pelo hiper adentro). Outra ideia para os supermercados seria a contratação de anões ninja que, refundidos contra os fundos das prateleiras das secções com produtos mais dispendiosos (leia-se secção das bolachas), aproveitar-se-iam da distracção do consumidor para empurrar caixas e caixas de produtos para dentro do carrinho sem que os mesmos se apercebessem. Fica aqui a ideia e se a puserem em prática, não se esqueçam de quem é amigo.
Em jeito de conclusão para o post de hoje, fica aqui um teorema e respectivo corolário de uma ideia provavelmente avançada demais para este dia que é hoje:
Teorema: Seja X um corpo humano composto por moléculas e átomos em constante movimento. Assumindo que um pensamento nada mais é que uma simples agregação atómica estrutural instantânea, então X é um corpo diferente cada vez que executa uma acção de pensamento.
Corolário: Uma doença é apenas uma nova estrutura atómica, logo nunca adoecemos.
Como segunda conclusão deixo-vos com uma frase que ouvi hoje e que exprime toda a minha ideologia acerca dos anões ninja:
"Eu nunca vi nenhum Prof. hoje ainda."
Bibíblia Sagrada
No Evangelho de S. João 10, versículo 9, encontramos:
"Eu sou a porta: Se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens."
Temos ainda S. João 20, versículo 16:
"Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer, Mestre)."
Meditem...
E como se costuma dizer acerca deste livro maravilhoso (ou não), cada um tire as suas conclusões.
18 de janeiro de 2005
Eu ensino, tu ensinas, ele não aprende...
Então, e fazendo uso de uma maravilha tecnológica quase tão avançada como a próxima do browser Internet Explorer (a navegação usando tabs), passo a descrever por pontos:
- É possível falar durante mais de 10 minutos sobre algo acerca do qual se percebe absolutamente nada.
- A maioria dos Professores profere uma determinada palavra vezes sem conta durante as aulas, sem que se aperceba disso (ou que lhe digam).
- Um em cada trinta Professores é capaz de motivar e realmente transmitir conhecimento importante aos alunos.
- Uma em cada três disciplinas assenta em cultura geral.
- É possível decorar uma pilha enorme de acetatos em tempo recorde e esquecer tudo dez minutos após o exame.
- Cem por cento dos Professores decadentes não se apercebem que o são.
- É impossivel ensinar programação mostrando acetatos (e quem o tenta fazer é definitivamente de uma decadência astronómica).
- Uma pesquisa na Internet é superior à matéria de certas disciplinas.
- Existem na realidade pessoas que julgam que se enquadram apenas na categoria de Professores.
- Pelo menos um Professor terá um esgotamento nervoso durante a nossa passagem pelo curso.
- Pelo menos um Professor é considerado maluco tanto por Alunos como por colegas.
Traduções
Alguém já reparou como certas expressões ficam extremamente interessantes quando traduzidas à letra para inglês? Estou-me a lembrar, por exemplo, de frases míticas como "You take in the horns!" ("Levas nos cornos!"), "You are here you are eating/taking!" ("Tás aqui tás a comer/levar!"), ou mesmo "I screw you all!" ("Fod*-te todo!").
E afinal este blog tem cultura ou não tem?
Que estupidez...
"Que seja submetido um post por cada um de nós, diariamente." E viu Ele que era bom. (tenho ke deixar a bíblia...)
Insinuou ainda, o ke profundamente me irou, que para mim não seria difícil, pois "só digo coisas estúpidas". Isto é uma blasfémia... eu sou estúpido sim senhor, mas foi ele quem inventou o "Jesus Quisto". Ou então fui eu, não me lembro.
Bem, podem contar com textos estúpidos aqui todos os dias. E quem não gosta de os ler?... Talvez os estúpidos.
17 de janeiro de 2005
Pinturas
Ora acontece que vinha eu ali pela EN10 como quem vai pra Setúbal e não é que deparo com uma data de tipos vestidos com aqueles coletes da moda paris outono-inverno a pintarem o raio dos riscos da estrada. E arranjar a estrada primeiro, hã? Não? Já estou mesmo a imaginar duas pessoas a passarem de carro pela zona de azeitão e a comentarem: "- Epá, esta estrada está terrível, só buracos. - Sim, mas repara nos riscos, tão bonitos que estão...".
E já temos um blog...
Entre as gentes, atafulhado,
faço força para passar,
um executivo suado,
uma velha a cambalear.
Sento-me na cadeira, agora vazia,
liberta do cú que a oprimia.
Descanso as pernas, cansadas do esforço,
e ouço na rádio "entrou o reforço".
Um homem chega e pede-me lume,
uma cara pesada, ar de azedume.
Procuro um isqueiro, que tinha na algibeira,
queimo a virilha, e digo uma asneira.
Quinze minutos de caminho certo,
estou, devagar, cada vez mais perto.
Eu e os outros, que também vão,
vão e vêm... ou talvez não.
Portas abrem, pessoas saem,
portas fecham e tudo recomeça.
Volta e meia algumas velhas caem,
ou um outro jovem tropeça.
void - um dia destes