29 de abril de 2005

Estoril Open

Cada vez me impressionam mais as tentativas dos jornalistas de começar entrevistas usando assuntos relacionados com o entrevistado. Desta vez foi no Estoril Open. Ao que parece Joaquim Gomes, antigo ciclista e agora director técnico da volta a Portugal em bicicleta, encontrava-se no recinto para assistir ao evento e a forma arrojada que um jornalista encontrou para iniciar uma conversa com ele foi interessante: "Joaquim, no ciclismo é normal fazer-se o reconhecimento do traçado antes da corrida. Veio fazer o reconhecimento do traçado aqui, no Estoril Open?". É nesta altura que me pergunto: Mas que raio tem isto a ver com ténis???

Estúpido como sou, já estou a ver outra aproximação possível: "Sr. Coiso, já sei que ontem à noite foi à casa de banho em sua casa. Veio aqui para utilizar uma das muitas casas de banho do Estoril Open?"

28 de abril de 2005

GNR

Tenho uma dúvida existencial: A sigla para "Guarda Nacional Republicana" não é um bocado incoerente do ponto de vista sonoro? Reparem: "GÊ EN ERR". Não devia ser "GÊ NÊ RÊ"? Ou, quando muito, "GUÊ EN ERR"?

26 de abril de 2005

Hospitais

Desta feita vou ser bom e amigo. Parece-me que os hospitais portugueses estão a melhorar. O meu avô hoje foi atendido em apenas 1h40m. Parece-me que batemos um record!

Curiosamente, dentro de um hospital não se vê muita gente a falar de futebol...

25 de abril de 2005

Urina com fartura

Depois do maior vazamento de urina da minha vida, pergunto-se se haverá record para isto e se há pessoas activamente a tentar batê-lo...

24 de abril de 2005

Procura-se Guia Espiritual

No mínimo Mestre, Doutor ou Professor. Combinações como "Professor Mestre" ou "Doutor Professor" também servem. A prefixação de adjectivos como "Grande" é uma mais-valia. Mínimo de 30 anos de experiência no ramo das ciências espirituais. Tem de apresentar soluções para problemas difíceis, graves ou complicados. Dá-se preferência a capacidades de ler o futuro a partir das entranhas de animais (ou humanos) mortos ou vivos.
 
Os interessados devem escrever para aqui e preparar-se para prestar provas dos seus conhecimentos e poderes.

18 de abril de 2005

Almeidas

Numa alegre conversa com o tanso do meu irmão apareceu uma interrogação que apoquenta (eu sei que apoquenta) muito boa gente. E a questão é: Porque é que se chamam "Almeidas" aos Srs. que tratam da recolha do lixo urbano? Será que são todos da mesma família? Será que ser do apelido "Almeida" é um requisito para se trabalhar na recolha do lixo? Já estou a ver uma entrevista para um emprego na área:

Boss: Então, diga-me, quais são as suas qualificações?
Candidato: Bem, eu tenho uma licenciatura em detritos urbanos e acabei no ano passado uma pós-graduação em gestão de detritos sólidos, com tese dedicada à organização de garrafas de super bock.
Boss: Sim, senhor. Então e qual é o seu apelido?
Candidato: Eu sou da família dos Ferreira.
Boss: Mau, então mas não leu o documento dos requisitos? Digo-lhe já que vai ser difícil conseguir este emprego. Se não se chama Almeida...
Candidato: Mas eu estou a fazer um mestrado sobre a aerodinâmica dos caixotes verdes...
Boss: Oh meu amigo, não posso fazer nada. Tenho aí mais 3 candidatos com a 4ª classe chamados "Almeida". Isto são ordens de cima...

PS: Se alguém souber a verdadeira razão, por favor avance e tire-nos da ignorância. Obrigado.

16 de abril de 2005

Vamos às compras?

Ao fazer umas compras ocorreu-me falar disto, até porque acredito que mais ninguém costuma pensar nestas coisas e poucos sabem destes assuntos. Nunca se interrogaram até que ponto a disposição dos produtos num hipermercado é aleatória? Em grande parte não é. Não é por acaso que o pão está numa ponta e o material para barrar está na outra (quanto mais andarem dentro do hipermercado mais probabilidade há de comprar mais qualquer coisa). Também não é por acaso que as fraldas têm tendência para estar próximas da cerveja (a mulher vai comprar fraldas para a criança e o marido vê logo a cerveja). São estas coisas que me metem medo na vida...

Tenho de marcar uma consulta de psiquiatria.

11 de abril de 2005

Um post

Já há algum tempo que não escrevia um post. Sendo assim, aqui fica:


Estúpido és tú, hã?

5 de abril de 2005

O portuga é um gajo fixe.

Estava tentado a deixar este post para amanhã, até porque já escrevi um hoje. De qualquer forma não resisto a deixar mais uma pérola literária, directamente das entranhas retorcidas que são o meu cérebro:

A vida do português
não tem muito que saber:
Comer tremoços, um copo de três,
futebol e carros até morrer.

Já chega de tanta cultura
que a ignorância é um dom,
o que é preciso é gaita dura,
foder com duas é muita bom.

O português é mesmo assim,
é o orgulho nacional;
roubar "camones", isso sim,
e ganhar-lhes no mundial.

Dizer mal de tudo e todos,
a vida tem de ter sumo.
Sumo não, que isso faz mal,
venha o vinho, a imperial.

Somos um pequeno país,
bonito, multicultural.
Somos a sanita do mundo,
tudo isto cheira mal.

Viva a minha viatura,
viva o meu futebol.
Maria, levas na dentadura,
se não me trazes mas é o tintol.

E é isto.

É meu... é meu é!

Quase uma semana depois do Papa ter morrido é interessante que todos os telejornais ainda dediquem metade da exibição a este tema. Curioso também é o facto dos meios de comunicação social estarem bastante mais preocupados com as audiências do que com o facto do homem ter morrido. Mas o orgasmo deste assunto é a facilidade com que toda a gente é, de repente, muito religiosa. Enfim, nem queria falar disto mas já que uma função deste blog também é, na boa tradição Portuguesa, criticar...

Mudando de assunto, já repararam como o pessoal religioso é um bocado possessivo no que toca às entidades supremas? Ele é "Meu Deus" para aqui, "Minha nossa Senhora" para ali (esta última parece-me que acaba por ser um bocadinho contraditória). Mas afinal Deus (e nossa Senhora, já agora) agora não é de todos? Não percebo. Eu julgava que a religião geralmente apregoava a partilha e a união, mas afinal estava redondamente enganado. No fundo a ideia é sempre a mesma: "O que é meu, é meu; o que é teu, é nosso".

Finalmente, gostava de deixar algo que me ocorreu, como pensamento: Quem é que se lembrou da analogia Pastor/Rebanho - Padre/Pessoas? É ofender os animais..., está mal!

1 de abril de 2005

Ode aos Ena Pá 2000

Aqui fica um poema que escrevi enquanto tentava adormecer, ontem de noite.

Ando sempre de diarreia,
ando-me sempre a cagar.
Acordar com uma gaja feia?
A minha vida tem de mudar!

O meu carro é um chaço,
o meu cão, velho e coxo,
a minha próstata parece aço,
e o meu pénis está frouxo.

Passo os dias a beber
para ver se isto melhora.
A casa é uma merda,
a minha sogra também lá mora.

Tenho crises de reumático,
afrontamentos com fartura.
O intestino é automático,
é um cheiro que perdura.

Ao fim da tarde é cerveja,
logo de manhã é um bagaço,
o meu fígado tem inveja
do pouco trabalho que faço.

Assim só para acabar,
que escrever também dá trabalho,
tou à rasca pra cagar...
...já me caguei, com um caralho!

Não posso deixar de pensar que escolhi a carreira errada. Ou então não.